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Mostrando postagens de maio, 2006

O esporte como vil servidor do capitalismo

Servidor Público Federal A copa se aproxima e a cada dia que passa eu reflito mais sobre a injustiça advinda dos esportes. Toda essa sede por vitória, essa vontade de ser melhor que o outro. Concluí, após profunda reflexão, que o esporte é culpado por grande parte do egoísmo dos dias atuais e deveria ser proibido. Pense comigo: que time no mundo joga pelo empate, resultado justo e igualitário? Nenhum, camarada, nenhum! Todos jogam de maneira egoísta, visando apenas o próprio bem. Há os que argumentam que num time “existe espírito de equipe”. Eu acredito que esse “espírito de equipe” a nada pode ser comparado se não aos trustes e cartéis – alguns grandes jogadores (empresários) se unem para derrubar os outros. Nada mais lógico e de maior completeza de raciocínio que isso. A copa do mundo, portanto, nada mais é que uma estratégia capitalista de manter a rivalidade acirrada entre as nações, como acontece com Brasil e Argentina, dois países originalmente irmãos, vítimas do mesmo capitali

O Brasil, uma grande estufa

Servidor Público Federal De tudo o que o neoliberal do século XIX Bastiat disse, apenas uma coisa se aproveita (sem que ele queira que seja aproveitada, diga-se): o governo deve arrumar uma forma de tapar o sol. Não apenas para desenvolver a indústria nacional de iluminação, mas para a efetivação de muitos ideais comunistas. Para tapar o sol, o governo deve fazer uma grande estufa fumê cercando todo o território brasileiro. Essa estufa haveria de ser climatizada, para que todos os brasileiros compartilhem da mesma temperatura, sem desigualdade térmica – um dos grandes vilões da humanidade. Ninguém ficaria resfriado por viajar do Nordeste à Serra Gaúcha. Estaria garantido de fato o direito de ir e vir sem prejuízo algum ao cidadão brasileiro. Fora a indústria de iluminação nacional, que ficaria protegida de qualquer concorrência, mesmo da do sol. Não podemos nos cegar quanto a isso: o sol, fornecendo luz gratuitamente, impede o desenvolvimento pleno da nossa indústria de lâmpadas, tra

A agricultura e a função do Estado

Presidente de Diretório Acadêmico Li outro dia no Jornalzinho Esquerdista da Universidade, fonte imparcial e idônea, que os agricutores estavam reclamando das medidas tomadas pelo governo, dizendo que elas não ajudaram tanto o setor quanto eles esperavam. Acho que os agricultores estão certíssimos. Quando se está com problemas, nada mais justo que pedir ajuda a alguém, e o Estado deve estar sempre pronto para ajudar os necessitados. Principalmente no caso dos agricultores brasileiros, que são sempre prejudicados pelo capitalismo selvagem dos EUA e Europa, que concedem subsídios a sua agricultura. Para exemplificar como deve ser a ação do Estado ideal, vou citar meu caso. Eu sou sustentado pelos meus pais, trabalhadores subordinados ao sistema, que ganham apenas o suficiente para sobreviver porque o fruto de seu trabalho é roubado pela vil burguesia na forma da mais-valia. Mas eu vivo sendo prejudicado por esses cruéis capitalistas, como o dono do bar que fica na frente da faculdade,

Uma Nova Esperança: Jornal Opinião Popular

Operário Sindicalizado OPINIÃO POPULAR foi lançado há poucos dias com a proposta de ir contra a mídia manipulada da burguesia neoliberal brasileira. Reconhecemos que há um vácuo de uma publicação realmente de esquerda no Brasil e nos propusemos a preencher esse vácuo. O jornal veio para reafirmar verdades há muito conhecidas: 1. O capitalismo leva à exclusão social, à miséria e à fome; 2. A concorrência leva ao monopólio; 3. O monopólio só pode ser combatido por um governo forte, único e central; 4. A verdadeira democracia não é a "democracia" burguesa; 5. A história da humanidade é a história das lutas de classes; 6. O único modo de assegurar a felicidade eterna é com a tomada dos meios de produção. Essas verdades auto-evidentes norteiam este jornal. Mas cabe aqui apresentar os colunistas e suas peculiaridades. Ambientalista de Puro Coração Ambientalista tem um passado, um presente e um futuro de defesa do meio ambiente. É membro do PETA, do Greenpeace e da WSPA, além de f

Ouviram meu apelo

Servidor Público Federal Dias atrás eu fiz um apelo para que se fizessem menos manifestos e mais manifestações. Não tardou, eu obtive resposta à altura do pedido. Em São Paulo – grande pólo proletário do Brasil – os presidiários explorados pelo sistema se revoltaram e se manifestaram em favor da dignidade humana e do fim da superlotação dos presídios. Sou, em geral, contra a violência, mas nesse caso ela foi necessária. Os presidiários são, via de regra, provenientes de famílias pobres e exploradas pelo capitalismo selvagem, têm direito de se revoltar. Outro protesto que está ocorrendo é ainda mais justo. Diria que em todos os aspectos justificável: os pequenos agricultores paralisaram avenidas importantes da capital paulista contra a política agrícola agressiva contra o produtor. Os preços estão baixíssimos, é um absurdo! A única atitude inteligente que o governo pode tomar é comprar a soja a preço acima do de mercado a todos os pequenos produtores. Eu sugiro que o governo compre a

Cotas em universidades públicas

Servidor Público Federal Obviamente, defendo até a morte as cotas em universidades públicas. No entanto, defendo em espectro maior que o proposto. Acredito que as mulheres têm direito a 70% das vagas, por serem tão exploradas durante a história brasileira. E que negros e indígenas têm direito a 45%. Outros 45% estariam reservados aos deficientes físicos e mentais, que tanto sofreram por toda a história com o preconceito contra eles. Dessa forma, a burguesia ainda tem direito a 10% das vagas nas universidades públicas - 7%, obviamente, destinados às mulheres burguesas. O único contra-argumento possível é quanto aos deficientes mentais, mas é de um preconceito sem tamanho dizer que "os deficientes mentais são incapazes de aprender". Como se a Universidade fosse apenas um lugar para se aprender. Universidades são locais de interação social, e não se pode privar os deficientes mentais de interagir. Não existe maneira correta pra sanar a dívida social brasileira que não essa.

Entrevista bombástica na Carta Comunal

Operário Sindicalizado Que a Carta Comunal é uma revista de incontestável credibilidade, os companheiros estão cansados de saber. Mas a revista não cessa de nos surpreender e publica uma entrevista bombástica com Ildo Sauer, professor titular do Instituto de Energia Elétrica da Universidade de São Paulo. Pretendo aqui citar alguns trechos da entrevista que demonstrarão a o revés inevitável do neoliberalismo e do imperialismo econômico-cultural na América Latina após a "nacionalização" das refinarias na Bolívia, que levarão inevitavelmente à formação da URSLA (União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas). A crise política criada pela nacionalização das refinarias na Bolívia é uma das grandes evidências da reversão da hegemonia neoliberal no continente. Exatamente. Como se pode negar que um "investimento" (ou seja, exploração) de uma empresa estatal monopolista brasileira num país estrangeiro não seja o um plano neoliberal de nos tornar dependentes economic

A informalidade e neoliberalismo

Operário Sindicalizado Hoje, após mais um dia de greve no ABC, eu estava voltando para casa, cansado dos protestos, e passei na frente de uma barraca de balas de chocolates de um pequeno comerciante (capitalista) e fiquei pensando em como ele era jogado nesse submundo do mercado pelo neoliberalismo. Se não fosse o neocolonialismo econômico e cultural, ele teria um grande emprego público, estável, com o grande salário que ele merece. Depois de vê-lo se esforçando para trabalhar, fiquei pensando em como os sindicatos são associações que aumentam os salários dos trabalhadores. Basta que protestemos que ganhamos salários maiores, que os burgueses estavam criminosamente retendo. Se não fossem os sindicatos, eu e meus companheiros estaríamos entregues às garras do livre comércio criminoso e explorativo, como estava aquele comerciante. Após pensar nisso, decidi pedir uma paçoca ao "vendedor" (decidi usar aspas porque ele não escolheu essa vida sórdida, apenas foi empurrado para el

Menos manifestos e mais manifestações

Servidor Público Federal Tudo o que tinha que ser escrito, já foi. Marx, em O Capital e no Manifesto Comunista, provou por A+B que o comunismo é inevitável e infinitamente superior ao capitalismo. Só nos resta, agora, acatar as palavras do maior pensador da história da humanidade e acelerar o processo inevitável. Os burgueses exploram cada dia mais os trabalhadores, em busca de lucros cada vez mais exorbitantes. Não podemos ficar parados! O proletariado tem poder! Greve geral já! Paremos o país em busca da nacionalização de todas as empresas imediatamente! Contra a exploração do trabalhador, contra o governo neoliberal do Lulla, usemos do poder que temos! Professores, fiscais alfandegários, parem! Policiais civis e militares, parem! Vendedores de churrasquinho, parem! Operários, parem! Juntos, proletários do Brasil, somos invencíveis! Movamo-nos! Mobilizemo-nos! Proponho acamparmos nas ruas, como medida inicial. Vestidos de vermelho, pararemos o Brasil! Chamaremos a atenç

A menos-valia

Operário Sindicalizado Marx nos ensina, e todos sabem, que toda a fonte de valor é o trabalho. Ou seja, se uma pessoa achar por acaso numa caverna um pedaço de ouro, ele não terá valor, porque não tem trabalho algum agregado. Inversamente, se um sujeito passar 30 anos cavando um buraco, será um buraco incrivelmente caro, porque tem MUITO trabalho agregado. Não creio que haja dúvidas quanto a isso. Só cães raivosos da burguesia ousariam negar tão óbvio princípio. Todos sabem também que o lucro da burguesia é ROUBADO dos trabalhadores, a quem só sobra o suficiente para a subsistência. Os trabalhadores produzem tudo, mas só recebem parte do que produzem, enquanto a burguesia vilmente se locupleta. Essa é a mais-valia, o trabalho não pago do proletário. Bom, essa é a situação de lucro. Mas há uma situação inversa. Digamos que os empresários num certo país são muito burros. Se eles forem muito burros, só farão investimentos errados que acarretarão sempre em prejuízo. Porém os trabalhadore