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Tuíter e outras redes "sociais"

Rapper Feminista

Amigos, não perderei um segundo de meu tempo explicando porque estive ausente. Não o faço por desrespeito a vocês, mas porque "quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Posso afirmar apenas que não deixei de escrever por qualquer motivo meramente burguês, tal como preguiça ou por falta de tempo enquanto trabalhava para o grande capital. Enquanto estive fora, vivi, pelo povo e com o povo, a causa do proletariado brasileiro e fiz coisas das quais até mesmo me envergonho em compartilhar.

Mas vamos à luta. Em nossa ausência, houve um crescimento exorbitante das ditas redes "sociais". Alguns ainda usam estrangeirismos para se referir a tais sítios de relacionamento e afins, mas nós, do OP, usaremos sempre termos nacionais ou nacionalizados, porque é nas pequenas coisas que valorizamos o nosso país e é nas pequenas coisas que somos invadidos pela americanização e por outras formas de domínio cultural.

Quando surgiu o sítio Tuíter, fiquei feliz em ver que, de certa forma, era mais uma maneira de dar a voz para o povo. Tal como os jornais virtuais, conhecidos como blogues, qualquer cidadão pode criar um endereço virtual e publicar suas opiniões e pensamentos em seu perfil no Tuíter, respeitando apenas, nesse caso, um limite de 140 caracteres.

Embora no início víssemos poucas pessoas verdadeiramente proletárias presentes no sítio, nos últimos tempos houve uma crescente incursão popular brasileira nesse serviço. Para mim, foi uma grande alegria ver que a informação estava circulando de maneira mais horizontal, com pessoas trocando experiências e ideias entre si, sem a intervenção de algum veículo midiático ditatorial.

Quem também ficou feliz foram os marqueteiros que servem às grandes corporações. O potencial que eles viram no Tuíter foi o de plantar as suas sementes malignas em mais um terreno fértil, já que o povo, maior financiador de seus intentos megalômanos, agora voltava sua atenção para este serviço. Até então, víamos poucas empresas com perfis no site, mas, aos poucos, foi possível perceber a invasão das astutas raposas capitalistas em mais um lugar feito para a interação social. Primeiro, a grande maioria dos países da Terra; agora, o Tuíter.

O sítio Submarino, por exemplo, estabeleceu-se e ganhou milhares de seguidores através de promoções que, como todas as promoções, ludibriam um sem-número de incautos que participam na esperança de ganhar uma migalha oferecida como jóia da rainha. O que um único vencedor da promoção ganha? Alguma tralha tecnológica que, comparativamente, custou uma mixaria para o Submarino. O que o Submarino ganha? Propaganda gratuita através das mensagens enviadas pelo povo em busca de prêmios.

Este é apenas um dos exemplos da ação maligna do grande capetal em um serviço antes dito "social". Hoje temos diversas outras corporações com perfis no Tuíter. Rede Globo, McDonalds, Luciano Huck (acredite, ele é uma grande corporação, a começar pelo nariz), são apenas alguns dos exemplos que me vêm à cabeça.

Mas, companheiros, nada me choca mais que o uso das etiquetas, ou seja, o uso de um termo, expressão ou nome precedido por uma cerquilha (#). Certas etiquetas fazem sucesso e chegam ao Tópicos Tendência, uma lista fornecida pelo Tuíter das palavras mais postadas recentemente em uma determinada região. Recentemente, chegou ao topo da lista brasileira a etiqueta "#coisadefavelado", em que membros das classes bem favorecidas faziam comentários jocosos sobre os moradores de comunidades carentes. Eu, nascida e criada no Morro da Lacraia, Rio de Janeiro, militante da causa popular e marxista-leninista até o duodeno, me senti extremamente triste por ver como os meios de comunicação moldaram de maneira maléfica a mente da juventude brasileira. Em um espaço propício para debates importantes, como a reforma agrária, o que vemos são milhares de mensagens do tipo "#coisadefavelado Lamber a tampa do Yogurt".

O jornal Opinião Popular repudia o uso leviano de qualquer meio de comunicação e o retuíte de mensagens promocionais de conglomerados do comércio. Somos a favor do uso inteligente e questionador dos meios de expressão atuais, para que a chamada "massa de manobra" finalmente possa tomar controle do carro popular que chamamos de governo.

PS: Companheiros, é com muito orgulho que anuncio a entrada oficial de nosso (e quando digo nosso me refiro a todos nós, colaboradores e leitores, representantes do Povo, não determinando a posse desse espaço democrático somente aos que aqui escrevem, no sentido imperialista da palavra) jornal virtual no sítio de relacionamentos Tuíter. Siga-nos em @opiniaopopular e acompanhe mais de perto a nossa luta. Pátria ou morte, venceremos!

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